SOLSTÍCIO DE INVERNO


No dia 21 de junho teremos o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e o Solstício de Verão para o Hemisfério Norte. Popularmente falamos que o Inverno começa oficialmente nesta data para nós aqui no Brasil e para todo hemisfério sul.
Algumas pessoas pensam que o Inverno é quando nosso planeta fica mais distante do Sol, ou mesmo porque o nosso hemisfério fica mais afastado. Isto não é verdade. A causa das estações do ano, Primavera, Verão, Outono e Inverno e o fato de serem diferentes em cada hemisfério, está relacionada ao eixo inclinado da Terra em relação ao plano da eclíptica e sua órbita ao redor do Sol. As estações do ano do Verão e Inverno são os chamados pontos de Solstícios. As estações do ano da Primavera e Outono são os chamados pontos de Equinócios. Um dos 14 movimentos que nosso planeta executa é o de Translação. Este movimento é a trajetória ligeiramente elíptica que a Terra realiza em torno do Sol. Para dar uma volta completa ela demora aproximadamente 365 dias e 6 horas e o faz a uma velocidade de 30 km/s, ou seja, a cada segundo nosso planeta percorre uma distancia de 30 km no espaço.

TIPOS DE BRUXA


Há muitos tipos de bruxaria, muitas das quais se sobrepõem e todas podem ser definidas de modos diferentes por pessoas diferentes, mas há algumas diretrizes rudimentares para suas designações.
  • Bruxaria africana: há muitos tipos de bruxaria na África. O Azande da África central acredita que a bruxaria causa todos os tipos de infelicidade. O presente da bruxaria, conhecido como mangu, é passado de pai para filho. Aqueles que possuem o mangu nem mesmo estão conscientes disso e realizam a magia inconscientemente enquanto dormem.
  • Mágica popular apalachiana: aqueles que praticam bruxaria nas montanhas Apalaches vêem o bem e o mal como duas forças distintas que são conduzidas respectivamente pelo Deus Cristão e pelo Diabo. Eles acreditam que há certas doenças que sua magia não pode curar. Também acreditam que as bruxas são abençoadas com poderes paranormais e podem realizar magia poderosa que pode ser usada tanto para propósitos bons quanto maus. Eles buscam profecias e presságios do futuro na natureza.
  • Bruxaria verde: a bruxa verde é muito similar a uma bruxa de cozinha/caseira (veja adiante) com a exceção de que a bruxa verde pratica nos campos e na floresta para estar mais perto do espírito divino. A bruxa verde faz suas próprias ferramentas a partir de materiais acessíveis ao ar livre.
  • Bruxaria solitária: uma bruxa solitária não é parte de um grupo ou coven. Essa bruxa pratica magia sozinha e trabalha mais com as artes verdes, curas herbais e feitiços. Nos dias primitivos, os bruxos solitários eram homens ou mulheres sábios que curavam doenças e forneciam conselhos. Eles podem ser de qualquer religião e são considerados bruxos tradicionais (veja adiante).

  • Bruxaria hereditária: os bruxos hereditários acreditam em “dons” da arte que nascem com um bruxo, sendo passados das gerações anteriores. 
  • Bruxaria Hoodoo/Invocação/Fundamental: o Hoodoo é um tipo de magia popular afro-americana que combina as práticas folclóricas e crenças africanas com conhecimento botânico indo-americano e folclore europeu. O Hoodoo usa as propriedades mágicas das ervas, raízes, minerais (especialmente magnetos), partes de animais e as posses pessoais e fluidos corporais das pessoas.
  • Bruxaria de cozinha/caseira: um bruxo de cozinha, ou bruxo caseiro, pratica a magia perto da terra e residência. A residência é um lugar sagrado e o uso de ervas é usado freqüentemente para trazer proteção, prosperidade e cura. Os bruxos de cozinha freqüentemente seguem mais de um caminho da bruxaria.
  • Bruxaria luciferiana: o luciferianismo é freqüentemente confundido com o satanismo por ser a adoração de uma divindade chamada Lúcifer, mas a magia luciferiana é usada tanto para o bem quanto para o mal.
  • Feitiçaria alemã da Pensilvânia ou “Pow-wow“: quando os alemães chegaram pela primeira vez na Pensilvânia, os americanos nativos estavam lá, então o termo “pow-wow” para descrever essa prática pode ter surgido das observações das reuniões indígenas. Os Pow-wows incluem feitiços e encantamentos que remontam à Idade Média, bem como elementos emprestados da Cabala Judaica e da Bíblia Cristã. O Pow-wow se concentra na cura de doenças, proteção de animais, encontro do amor ou lançamento ou remoção de feitiços. Os que participam de Pow-wows consideram a si mesmos como cristãos dotados de poderes sobrenaturais.
  • Bruxaria tradicional: a bruxaria tradicional freqüentemente segue a ciência, a história e a arte como seu fundamento. Embora compartilhe do mesmo respeito pela natureza que o bruxo wiccano (veja adiante), os bruxos tradicionais não cultuam a natureza nem o deus ou deusa da Wicca. Eles entram em contato com espíritos que são parte de um mundo espiritual invisível durante os rituais. A magia é mais prática que cerimonial e se concentra principalmente em ervas e poções. Essa seita da bruxaria também não tem nenhuma lei de não prejudicar alguém, mas acredita na responsabilidade e na honra. Feitiços e maldições, portanto, podem ser usados na autodefesa ou para outros tipos de proteção.
  • Wicca: Wicca é uma das religiões pagãs modernas que cultuam a Terra e a natureza e tem apenas 60 anos de idade. Foi criada na década de 40 e 50 por Gerald Gardner. Gardner definiu a bruxaria como uma religião positiva e afirmadora da vida, que inclui adivinhação, plantas medicinais, mágica e habilidades psíquicas. Os wiccanos fazem um juramento de não prejudicar com sua magia.

Para obter uma lista de outros tipos de bruxaria, visite Neopagan.net: classificação das bruxarias (em inglês).
A maioria dos que se autodenominam bruxos hoje em dia pertencem à religião wiccana.

RESOLUÇÕES DE UMA BRUXA


Que eu seja como a que tece o pano na floresta, profundamente escondida.
Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção.
Que eu seja uma exilada, se este é o sacrifício.
Que eu conheça a procissão sazonada do meu espírito e do meu corpo, e possa celebrar os quartos em cruz, solstícios e equinócios.
Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, nas árvores desenhadas no céu luminoso.
Que eu possa acariciar flores selvagens, cobri-las com as mãos.
Que eu possa libertá-las, sem apanhar nenhuma, para viver em abundância.
Que meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio. Que sejam inocentes e despretensiosos.
Que eu seja capaz de gratidão. Que eu saiba ter recebido a alegria, como o leite materno.
Que eu saiba isso como o meu gato, no sangue e nos ossos.
Que eu fale a verdade sobre a alegria e a dor, em canções que soem como o aroma do alecrim, como todo o dia e na antigüidade, erva forte da cozinha.
Que eu não me incline a autopiedade.
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da terra e dos círculos de pedra, como raposa ou mariposa, e não perturbar o lugar mais que isso.
Que meu olhar seja direto e minha mão firme. Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da forma e do privilégio.
Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega a minha porta.
Que se percam na jornada labiríntica. Que eles voltem.
Que eu me sente ao lado do fogo no inverno e veja as chamas brilhando para o que vier, e nunca tenha necessidade de advertir ou aconselhar, sem que me percam.
Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.
Que o lugar onde habito seja como uma floresta.
Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros, todos conhecidos e por mim reverenciados com amor.
Que minha existência mude o mundo nem mais nem menos do que o soprar do vento, ou o orgulhoso crescer das árvores.
Por isso, eu jogo fora a minha roupa.
Que eu possa conservar a fé, sempre! Que jamais encontre desculpas para o oportunismo.
Que eu saiba que não tenho opção e assim mesmo escolha como a cantiga é feita, com alegria e com a mor.
Que eu faça a mesma escolha todos os dias e de novo.
Quando falhar, que eu me conceda o perdão.
Que eu dance nua, sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.